O governador Cid Gomes, disse ontem, em entrevista na cidade do Crato, que irá processar a revista semanal ´Veja´, de circulação nacional, pelas ´insinuações´ daquele veículo de comunicação de que o Governo do Ceará tenha contratado ilicitamente, bandas de forró para solenidades de assinaturas de convênios e entrega de obras no Interior do Estado.Cid Gomes disse ter ´muito cuidado´ no uso do dinheiro público e argumentou que a contratação das bandas, conforme a lei das licitação, se enquadra na modalidade inexigibilidade de licitação. Ainda segundo o governador, os valores pagos pelo Governo do Estado estão dentro do preço de mercado do ramo.´A revista Veja é um veículo ideológico, que tem feito campanha contra o Ciro (Gomes, irmão do governador), que será candidato a presidente. Obviamente que isso recai para mim também. Não há nenhum problema quanto aquelas contratações a que a revista se refere. Todos os contratos são de conhecimento público e estão dentro do valor de mercado´, assegurou o governador.A revista, na sua edição desta semana, afirma que o Governo do Ceará contratou, sem licitação, várias bandas de forró para eventos da administração. A matéria faz uma ligação do fato com o episódio em que o governador viajou para a Europa, em vôo fretado pelo Estado e levou assessores e sua sogra a bordo. A assessoria do governador informou que enviou nota ao veículo explicando que a contratação, segundo a lei, poderia ser feita sem licitação, mas que o veículo não publicou a explicação.ProcessoSegundo ele, o Governo do Estado fecha os contratos observando o que diz a lei das licitações e que a contratação de bandas de Forró para a inauguração de obras é uma atividade corriqueira e se enquadra na modalidade inexigibilidade de processo licitatório. ´Imagine se você vai fazer uma concorrência entre, por exemplo, Ivete Sangalo e Aviões do Forró. Não há o menor sentido nisso e estamos tranqüilos´, disse. Ao fazer críticas à linha editorial do veículo de circulação nacional, o governador assegurou: ´eu vou processar a revista´.Quando indagado se havia, nas contratações, favorecimento à empresas de pessoas ligadas a ele na contratação das bandas, o governador provocou: ´é só pegar o Diário Oficial, verificar os preços e ver se há favorecimento. Todas as contratações estão no preço de mercado´, reiterou.
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