
Na última terça-feira (16), por volta das 17:00h, estava gravando matéria no mela-mela e no intervalo entre uma cena e outra fiquei observando a pessoa da foto ao lado. Tentei "fugir" do som ensurdecedor dos paredões e fiquei a imaginar o que se passava na cabeça dessa criatura. Talvez a dúvida sobre a venda ou não de todo o estoque até a quarta de cinzas e assim poder honrar seus compromissos com o fornecedor ou a preocupação com o restante dos familiares dentro do caldeirão de sons, ritmos e marmotas em que se transformou Camocim nos quatro dias de carnaval. Por intermináveis 5 minutos, até que eu retomasse as cenas e alguém comprasse mais uma latinha dele (a), tornei essa cena estática em minha memória, talvez como símbolo de centenas de outras pessoas, que na mesma situação, saem de casa para tirar da folia o sustento para seus dependentes.
Postado por Tadeu Nogueira às 11:26hFoto: Vando Arcanjo