quarta-feira, 29 de outubro de 2014

SOBRE CAMOCIM...E LIVROS

Hoje é o Dia Nacional do Livro e, como diria o velho escritor, "um país se faz com homens e livros". Lendo o Camocim Online vejo a iniciativa do grupo "A Vida que eu Recomendo" em querer montar uma biblioteca na Praia do Maceió, aliás, uma ideia antiga do amigo livreiro Vavá, camocinense radicado no Rio de Janeiro. Com certeza, em sua próxima vinda a Camocim trará na bagagem livros às mãos cheias. Já estou remexendo minha biblioteca para ajudar também nesta empreitada. 
Aproveito a data para dizer que Camocim poderia e pode ser uma cidade literária pelos seus talentos na área da literatura. Tentativas em vão já foram feitas de se estabelecer uma feira anual de livros. No entanto, nenhuma livraria se estabelece na cidade. Falta de um público leitor? Talvez. Mas, penso que uma oferta maior dessa mercadoria tão importante para a cultura de um povo, contribuiria para formar o hábito da leitura.
Escritores temos um bom número, porém, seus projetos de publicação em sua maioria estão engavetados por falta de uma verba específica para tal. Podemos formar esse público leitor com as nossas produções locais. Recentemente. os professores Neto Carvalho e Liduína Neide tiveram suas obras premiadas e publicadas pelo Governo do Estado. A administração atual vem incentivando obras sobre a história local. Temos, portanto, que ampliar esse potencial e descobrirmos novos talentos para a literatura, como o projeto recente que redundou numa publicação entre os alunos da rede municipal de ensino que recontaram as lendas camocinenses. 
Que mais nomes se somem aos poucos livros que temos dos nossos escritores já publicados como Artur Queirós, Carlos Cardeal, Roberto Pires, R.B.Sotero, Inácio Santos, José Maria Trévia, dentre outros. 
A propósito, fica a dica para a atual administração em resgatar uma lei de criação de um projeto editorial denominado Carlos Cardeal. A lei foi criada, mas a sua implantação foi vetada pela administração passada acompanhada pela manutenção do veto pela Câmara Municipal. Posteriormente, alardeou-se a ideia de se editar onze obras de autores locais; fizeram até as capas das mesmas. Puro jogo de cena! Tal projeto garantiria que se editasse pelo menos de duas a quatro obras por ano. Já seria um grande ganho para os escritores locais e funcionaria como um festival literário inédito no interior cearense.
Carlos Augusto Pereira dos Santos
Historiador
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