Comecei a me perguntar sobre o porquê de nossa
cidade não ter o seu dia. Não, não estou falando do 29 de setembro que
é o dia do município. Muitos lugares comemoram esses dias distintamente,
como por exemplo, a cidade de Fortaleza, a nossa capital. Poderíamos,
portanto, comemorar o dia 17 de agosto, afinal de contas, o então distrito
da Barra do Camocim foi elevado à categoria de cidade quase dez anos
depois de ter se tornado município pela Lei Nº 2.162, de 17 de agosto de
1899, ano no qual, aliás, foi proclamada a República no Brasil.
Nestes 115 anos de cidade temos uma história
que nos é peculiar, feita por seus habitantes e quem chega nela, afinal de
contas, a cidade nada mais é o que nós somos individual e coletivamente.
Camocim, portanto, já foi apelidada de “Pequena Moscou”, “Cidade
Heroica”, “Moscouzinha” e “Cidade Vermelha” pela imprensa comunista
dos anos 1940, denominações estas que evocam um passado denunciador de uma
intensa atividade política dos trabalhadores no porto e na ferrovia.
Se temos um belo hino que começa assim: “Verdes
mares bravios do norte/A lutar nesse eterno fragor,/Como vós nosso povo é tão
forte,/Tão feroz, pertinaz, lutador.” (Trecho do Hino de Camocim. Letra
e música: Prof. Francisco Valmir Rocha), poderíamos ter a canção da cidade,
algo do tipo: Camocim,/ Claro céu cristal/ Coqueiros cacheados/ Cajueiros
copados... (Camocim-Ceará: Música: Raimundo Arnaldo). Mas também poderíamos
fazer um concurso para escolher tal canção.
Enfim, fica a sugestão para termos mais uma data para o calendário turístico e uma oportunidade de mostrarmos nosso potencial cultural, como o que aconteceu no último sábado com a "Feira Pote de Saberes".
Enfim, fica a sugestão para termos mais uma data para o calendário turístico e uma oportunidade de mostrarmos nosso potencial cultural, como o que aconteceu no último sábado com a "Feira Pote de Saberes".
Carlos Augusto Pereira dos Santos