REDE ÁRABE CITA MORTE DE
GLEYDSON E FALA DO RISCO
DE SER BLOGUEIRO NO PAÍS
Em reportagem especial publicada na
quarta-feira (09), a edição em inglês da rede árabe Al Jazeera afirmou que o
Brasil, à exceção de países em guerra, é um dos mais perigosos para
jornalistas.
"O Brasil é um dos países com mais mortes de
jornalistas que atuam fora de zonas de guerra", destaca o veículo, ao
revisitar histórias de profissionais de imprensa ameaçados e mortos,
principalmente fora das grandes metrópoles.
“O Brasil está passando por uma onda sem
precedentes de assassinatos de jornalistas, com pelo menos 17 mortes causadas
por reportagens desde 2011", observa. “É o mesmo número de mortes
registradas no país ao longo de 19 anos até então", completa.
Al Jazeera chama a atenção para os blogueiros e
jornalistas independentes que, sem apoio institucional, trabalham, muitas
vezes, como únicos comunicadores em suas cidades e ficam vulneráveis ao aumento
da violência.
A reportagem começa com um relato detalhado do
caso de Evany José Metzker, encontrado decapitado em Padre Paraíso (MG), na
região do Vale do Jequitinhonha, em 18 de maio deste ano.
Também relembra a morte do radialista Djalma
Santos da Conceição, encontrado com sinais de tortura em uma zona rural próximo
à cidade onde trabalhava, Conceição da Feira, localizada a 110 quilômetros de
Salvador (BA). Foi a segunda morte de um profissional de imprensa em menos de
uma semana no país.
Outros casos citados pela reportagem da rede árabe
foram os dos jornalistas Gleydson Carvalho, em Camocim (CE), Israel Gonçalves
Silva e do blogueiro político Ítalo Eduardo Diniz Barros. Mencionou ainda a
atuação do jornalista investigativo Mauri König, que trabalhou por quase 13
anos no jornal Gazeta do Povo, e de Lúcio Flávio Pinto, do Jornal
Pessoal em Belém.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:38h
Com informações do Portal Imprensa
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