O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão
preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que investiga
a suspeita de crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica relacionados
ao tríplex 164-A do Edifício Solaris, no Guarujá (SP).
Na denúncia divulgada nesta quinta-feira (10), os
promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Araújo escreveram ser
“imprescindível o decreto da prisão preventiva, em razão da conveniência da
instrução criminal” e por entenderem que o ex-presidente poderá “movimentar sua
‘rede’ violenta de apoio, para evitar que o processo crime que se inicia tenha
seu curso natural”.
Os promotores sustentam que
Lula tentou ocultar a propriedade do imóvel, que oficialmente está registrado
em nome da empreiteira OAS. O ex-presidente nega ter adquirido o apartamento.
Na peça, os autores da denúncia citam a
“probabilidade evidente de ameaças a vítimas e testemunhas e prejuízo na
produção das demais provas do caso”. Dizem acreditar ser “amplamente provadas
manobras violentas” de Lula e de seus apoiadores, “com defesa pública e apoio até
mesmo da presidente da República, medidas que somente tem por objetivo blindar
o denunciado”, de acordo com o texto. Lula foi denunciado por lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica. Caso haja condenação, as penas para os dois crimes somadas variam
de 4 a 13 anos de prisão.
Postado por Tadeu Nogueira às 18:22h
Com informações do G1