Sendo no Ceará, isso junta-se ao apelo para que o inverno seja farto, levando água aos reservatórios e fartura à agricultura.
No caso dos moradores de alguns bairros de Granja, deles centrais, pede-se um inverno moderado.
Seria algo sem sentido, levando-se em conta que a cidade abriga milhares de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza, sobrevive de reservatórios e possui uma agricultura quase inexistente.
Mas não é. O pedido encontra suporte na história. Anualmente, quando não lidera, Granja surge no ranking da Funceme entre as 3 cidades que mais recebem chuvas no Ceará. Apenas nos primeiros 12 dias de abril de 2019, foram quase 600 mm.
Mesmo isso ocorrendo há mais de 5 décadas, nenhuma grande obra de contenção foi feita para evitar centenas de famílias fiquem desabrigadas anualmente, entre fevereiro e maio. Sem drenagem, calçamento, caneletas e com saneamento quase zero, bairros como Barrocão, cravado às margens do Rio Coreaú, ao lado do centro, já entrou em desespero.
No mesmo abril de 2019, o deputado Romeu Arruda prometeu, em caráter emergencial, a construção de um dique de proteção. Anunciou que a verba, de R$ 3 milhões, já havia sido liberada, porém, a obra nunca foi iniciada. Ele evita até falar do assunto.
Postado por Tadeu Nogueira às 14:05h
Foto: Arquivo
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