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Pois é, havia ainda a modalidade do Grupamento da Polícia Militar (GPM) em bairros como Olinda, Boa Esperança e Rodagem do Lago, além de Cabines Policiais nas principais praças, sem falar nas duplas (Cosme e Damião).
Tudo isso existia quando o efetivo e infraestrutura da corporação eram mais do que deficitários diante da demanda do Estado. Era uma reclamação só por parte do Governo, que vivia prometendo concursos. Ficava só na promessa.
Quase 40 anos depois, com concursos em abundância (é um atrás do outro), veículos potentes, fardamento de alta tecnologia, câmeras de videomonitoramento e armas de grosso calibre, após o "meticuloso" estudo de algum Professor Pardal das entranhas burocráticas do governo, ficou decidido que, apesar de todo o avanço, sobretudo de efetivo, o correto era desativar Destacamentos, Grupamentos, Cabines e Duplas de todo o interior do Ceará. É como o time estar ganhando, chegando reforço e assim mesmo alguém mexer no que vem dando certo. Não deu outra. A população da zona rural explodiu e a polícia sumiu. Esse foi só um dos problemas que criaram. O mundo do crime então bateu palmas. Vulnerável, o interior passou a ser alvo constante.
Hoje, e já faz um bom tempo, se alguém praticar um crime em Guriú, por exemplo, o tempo de chegada de uma viatura (se ela não estiver em outra ocorrência) é de aproximadamente uma hora. Isso com estrada boa.
Quase esse mesmo tempo serve também para Amarelas. Ou seja, quem atua no mundo do crime na zona rural de Camocim, estando na área de um desses dois distritos, sabe que tem essa "lambuja" para sumir no oco do mundo.
Não há argumento que se sustente para explicar como havia tanto suporte à população, sem pessoal e estrutura, enquanto que, atualmente, passa por mentiroso quem sai dizendo por aí que um dia isso existiu.
Por Tadeu Nogueira
