segunda-feira, 12 de junho de 2023

VEÍCULOS NA ÁREA DE BANHISTAS: PROBLEMA SEM SOLUÇÃO EM CAMOCIM

Em 4 de fevereito de 2021, publicamos a seguinte matéria:  

"Quem for flagrado trafegando na faixa de areia da Praia do Maceió, em Camocim, poderá pagar R$ 130 reais de multa. 

Para preservar banhistas, fauna e flora, o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran/CE) proibiu o tráfego de veículos automotores em diversos pontos do litoral cearense. A lista ainda inclui Jeri e Preá. 

A infração é média com multa de R$ 130, além de 16 e 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em Camocim, o Demutran é o órgão local responsável por orientar, fiscalizar e multar os infratores. 
Denúncias: 190 / (88) 3621-1522"

De volta 

Neste feriadão de Corpus Christi, veículos invadiram a área de banhistas, que não chega a 800 metros. São 62 km de litoral ao todo, mas há quem não consiga respeitar uma faixa de menos de 1 km. Os ditos invasores não estavam trafegando de um ponto a outro, o que já seria errado. Muito pelo contrário. 

Eles decidiram se "apresentar" para uma plateia assustada de crianças, adultos e idosos. Foi "cavalo de pau" à vontade e ainda teve um carro que quis virar lancha, correndo em alta velocidade com duas rodas dentro do mar. 

Isso ocorreu na sexta (09) e também no domingo (11). Mesmo com toda a repercussão, segundo moradores, não apareceu fiscalização. A mesma prática nociva ocorre na Praia do Farol. 

"Na sexta acionamos a Polícia Militar, que além de demorar horas para chegar, quando chegou foi apenas para pedir que os motoristas saíssem da área. Não houve nada além disso", disse um  morador. 

Sobre a ação da equipe do BPTur que fica na vila, apuramos que o serviço é falho. "A presença do BPTur é sofrível na comunidade", explicou um comerciante. 

O assunto "veículos em área de banhistas" nunca foi prioridade do legislativo de Camocim, que poderia elaborar uma lei ainda mais rígida, protegendo assim moradores e turistas.  

Enquanto isso, sem ações práticas, o risco de uma tragédia segue iminente. 

Por Tadeu Nogueira