domingo, 17 de agosto de 2025

MUSEU NACIONAL EXIBE ESQUELETO DE BALEIA QUE ENCALHOU EM BARROQUINHA

Após seis anos fechado ao público, o Museu Nacional/UFRJ reabre parcialmente suas portas até 31 de agosto com a programação especial “Entre Gigantes”. 

E dessa vez, traz um destaque grandioso que salta aos olhos logo na chegada: o maior esqueleto de cachalote macho da América do Sul, com 15,7 metros de comprimento, suspenso sob a nova claraboia do Paço de São Cristóvão. 

A exposição é gratuita e fica aberta de terça a domingo entre 9h e 18h, com limite de entrada até 15h.

“A observação do cachalote é resultado de um trabalho especializado de restauro e preparação do material biológico que durou cerca de dois meses”, explica Gabriela Evangelista, Coordenadora de Comunicação do Museu.

Para chegar até o museu, o cetáceo venceu 2.879 km, viajando de caminhão do Ceará até o Rio de Janeiro em uma jornada que durou cinco dias. Contudo, a história começa há uma década, em janeiro de 2014, quando o animal encalhou na Praia de Curimãs (CE) e não resistiu. 

Após a morte, ONGs locais e a prefeitura de Barroquinha (CE), resgataram o animal e o enterraram longe da arrebentação para preservar seus ossos. Anos depois, em 2020, o esqueleto foi cuidadosamente desenterrado, limpo e preparado, antes de seguir para o Museu Nacional.

A operação complexa e simbólica marca o renascimento do acervo de Biologia Marinha do museu após o incêndio de 2018. A jornada do cachalote, Physeter macrocephalus, que vem do grego e significa, “cabeça grande com narinas”, contou com o apoio do projeto Pesquisa Marinha Pesqueira, gerido pelo FUNBIO.

Agora, o museu está lançando uma campanha para que a população escolha um nome para o cachalote, “o maior da América do Sul a ser exibido”, pesando cerca de três toneladas, segundo Gabriela.

Por Tadeu Nogueira