No entender do delegado que instaurou o inquérito, já encaminhado à justiça, o prefeito cometeu o crime.
Além de Sebastião Veras, Edmar Júnior dos Santos Carneiro, Carlos Rafael Araújo da Silva e Sebastião Eduardo Gomes Neto, foram indiciados pelo mesmo delito.
Confira trechos do relatório do Inquérito Policial:
"No dia 26 de junho de 2021, por volta das 23hs / 01h00min, em via pública, nas proximidades da igreja, centro da cidade de Chaval, os investigados, de modo livre, consciente e unidade de desígnios, ofenderam a integridade física de João Sávio Souza Carneiro, mediante golpes de objeto contundente, causando-lhe as lesões descritas em 2 laudos de exame de corpo de delito.
O crime foi agravado pelo fato de que as lesões causaram à vítima perigo de vida, eis que constam nos referidos laudos a situação em questão. Momentos antes do crime, a vítima e os indiciados tiveram uma desavença em um bar da cidade, no Porto do Mosquito, conforme relataram as testemunhas ouvidas.
Quanto à materialidade e autoria, estão demonstradas, especialmente pela ocorrência policial, pelos laudos de exame de corpo de delito, além da prova oral produzida.
A participação dos 4 investigados foi decisiva para a obtenção do resultado. Importa acrescentar que os investigados eram desafetos da vítima e compartilharam do mesmo propósito de lesionar, fato este que demonstra notória unidade de desígnios.
Portanto, não se cuida de uma mera fatalidade ou circunstância do acaso, mas sim de comportamento voltado para a consumação do resultado".
A vítima, segundo declarou em áudio, foi ainda ameaçada pelo prefeito.
"Além do que já tinha feito, o prefeito ainda me ameaçou, dizendo que ia dar um tiro na minha boca. Ele também quis passar o carro por cima de mim", disse.
Passados 30 dias desse episódio que gerou revolta na pequena e pacata Chaval e ainda sofrendo com as sequelas das agressões, João Sávio diz esperar que a justiça seja feita.
Por Tadeu Nogueira
